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Boi Caprichoso arrasta multidão no ‘Boi de Rua

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A menos de uma semana do 56º Festival Folclórico de Parintins, o bumbá Caprichoso levou milhares de pessoas às ruas de Parintins (a 369 quilômetros de Manaus), no Boi de Rua, um dos eventos mais tradicionais da temporada.

A concentração começou por volta das 19h30, no Curral Zeca Xibelão, de onde os torcedores saíram para percorrer as ruas da cidade, sob o comando do apresentador Edmundo Oran, o amo do boi, Prince do Caprichoso, e o levantador de toadas, Patrick Araújo, acompanhados da Marujada de Guerra.

Com toadas atuais e antigas, os torcedores azulados cantaram do início ao fim, declarando seu amor pelo Caprichoso. A professora Klirley Carla relatou que vai ao evento todos os anos e destacou a importância da festa para os apaixonados pelo Boi da Estrela.

“Para nós, é muito importante, pois reúne toda a nação azul e branca. Somos apaixonados pelo Caprichoso, então hoje estou aqui, com toda a minha família, para prestigiar o Azul”, disse a professora.

O pajé Erick Beltrão afirmou que o Boi de Rua representa um momento de comemoração.

“Este momento é para comemorar o nosso trabalho concluído. O Caprichoso está pronto e, se Deus quiser, iremos festejar esse bicampeonato “, enfatizou Erick.

Uma das integrantes do Conselho de Artes do Caprichoso, Socorrinha Carvalho, lembrou que o Boi de Rua também é um momento para resgatar uma antiga tradição.

“O Boi de Rua é o resgate de nossa tradição. Foi nas ruas que os bois começaram, com pessoas da comunidade. É um resgate de nossa ancestralidade voltando para brincar. É como se estivéssemos voltando no tempo” afirmou Socorrinha.

O Boi Caprichoso

Era 1913 quando a Parintins antiga viu nascer nos terreiros úmidos do reduto do esconde, o Boi Caprichoso. Certamente, nascido das mãos calejadas de seu Roque Cid, esse presente logo foi abraçado por pescadores, lavradores e mateiros, compadres e comadres. Dessa forma, eram os nossos primeiros brincantes. Muitos deles, nordestino, vindos para Amazônia em busca de um futuro melhor.

De lá pra cá, o Boi ganhou os quintais e as ruas, sempre brincando e alegrando o povo humilde. Sob lamparinas do Seu Lioca, fortalecia-se, aos poucos, essa festança popular¨. Inegavelmente, ao longo das gerações, permitiu que os parintineses sonhassem com outro futuro, tecido a partir dos saberes e da sensibilidade dessa gente cabocla. Além disso, energizada na utopia e em busca de uma revolução ancestral. Dessa froma, foi assim que os nossos artistas populares que conquistaram o Brasil e o mundo e que nós, do Boi Caprichoso, nos tornamos os mais aguerridos lutadores da cultura parintinense.

FOTOS: Lucas Silva/ Secom

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