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8 de julho de 2023Um grupo singular e criativo, composto por 13 artistas provenientes da Amazônia, do Brasil e de várias partes do planeta, está pronto para embarcar em uma verdadeira imersão em residência artística pelo maior bioma natural da Terra, a Amazônia. Promovido pelo LABVERDE, o programa Ecologias Especulativas foi criado para explorar os limites da arte com a promoção de experiências autênticas e confronto entre disciplinas, envolvendo as artes, as ciências, os saberes tradicionais e a natureza.
Com curadoria da pesquisadora amazonense Lilian Fraiji, o programa visa a criação de novos conteúdos artístico e culturais sobre as questões socioambientais. Certamente, gerados pelo conhecimento teórico, experiência prática e pela troca profissional na Floresta. Além disso, durante 10 dias, artistas, ativistas, antropólogos, filósofos, ecólogos e agentes de conhecimento tradicional, se reúnem para trocar conhecimentos. Ainda assim, promover novas abordagens para a promoção da justiça climática na Amazônia.
A imersão acontece do 3 ao 12 de agosto e conta com o patrocínio da Natura EKOS. Dessa forma, seis artistas brasileiros participarão e ganharão passagem, hospedagem, alimentação, além de 3 mil reais para desenvolverem suas pesquisas na área das Artes. Além disso, o grupo participa de uma série de palestras, workshops, expedições e debates sobre a diversidade sociobiológica da Amazônia. Ainda assim, contextualizar a Região em um cenário global na era do Antropoceno, era geológica marcada pelas transformações humanas na formação da terra.
A chamada aberta para inscrição no programa Ecologias Especulativas recebeu 807 inscritos. Além disso, são artistas provenientes dos 5 continentes, 23 capitais Brasileiras e representativos de várias linguagens e expressões da área da cultura. Ainda assim, O processo seletivo, contou com um comitê de jurados composto por Lilian Fraiji, diretora geral e artística da plataforma LABVERDE (AM). Ainda assim, formada por Vandria Borari, artista indígena e defensora dos direitos humanos de Alter do Chão (PA), Jonathan Nunes designer e pesquisador em Arte do Complexo do Alemão (RJ).
Os selecionados
Dayrel Teixeira (Manaus/AM)- artiste visual, escritor e ativiste das periferias.
Rudy Loewe (Londres) – pintura e desenho para construir espaços de troca entre comunidades negra, queer e trans.
Sioduhi do Povo Piratapuya (São Gabriel da Cachoeira/AM)- designer de moda e pesquisadxr de técnicas de tingimentos naturais.
Diane Burko (Americana) – interseção entre arte, ciência, meio ambiente e engajamento político.
Laiza Ferreira (Ananindeua/PA)- artiste visual e trabalha com colagens fotográficas evocando o tempo e o espaço da Amazônia.
Rulan Tangen (American) – bailarina, cria performances e coreografias mesclando cosmologias ecoculturais, enraizadas em corpos como fonte de saber.
Walla Capalobo (Mineira) – performer, seu trabalho como investigadora e artiste caracteriza-se pela incorporação da vida e da regeneração.
Juan Ferrer (Chile)- designer multimedia, criado do “Museo del Hongo”, cujx trabalho enfatiza a emoção pela ciência e paixão pela arte.
Vagné L (Baiano)- artista, produtxr musical, mobilizador cultural e pesquisadxr, dedicado à música experimental, design, composição e livecoding.
Yoichi Kamimura (Japão)- artista sonoro e observa a relação entre a emoção evocada pela natureza em paisagens musicais.
Maria do Rio Negro (Manaus/AM) -artista visual e performer, com foco em linguagens híbridas entre a fotografia, instalação e happening.
Denise Ackerl (Àustria) – investiga estratégias de resistência a partir de uma perspectiva da performance feminista.
Ingrid Weyland (Argentina) – fotógrafa, explora a forma, a imagem e a composição sobre a fragilidade dos ecossistemas.
Laryssa Machada (Porto Alegre) – artista visual, trabalhando com LGBTQIA+’s, indígenas, povo da rua, caminhando pela desinvasão brazil enquanto prática de educação visual.
AÇÃO COLETIVA
Além do grupo de artistas, a residência conta com a participação de um time de 20 especialistas locais. Com a participação do filósofo francês Emanuele Coccia, professor das Universidade de Harvard e École des hautes. Além disso, é autor do best-seller “A Vida das Plantas – Uma metafísica da mistura”. Ainda assim, com a convidada especial Vanda Witoto, que é ativista pelos direitos humanos da Amazônia, educadora política e liderança indígena de povo witoto.
A residência tem o apoio do Inpa, ICMbio, University of the Arts London (UAL) e Embaixada da França no Brasil.
“A arte é um dos vetores mais importantes para a geração de informação e conhecimento. Para nós, é um prazer participar por mais um ano dessa iniciativa tão genuína que busca, por meio de um residência na floresta, aproximar a natureza e a cultura, além de contribuir com o desenvolvimento de artistas tão talentosos”, comenta Tatiana Ponce, CMO e head de pesquisa e desenvolvimento para Natura Global. “Natura Ekos está presente na Amazônia há mais de 20 anos e toda a nossa cadeia produtiva na região contribui para conservar cerca de 2 milhões de hectares”, finaliza a executiva.
Acesse o www.culturaamazonica.com.br e saiba mais sobre a região amazônica.